mercredi 12 septembre 2012

Salvador, primeira capital do Brasil




Pelourinho é um dos cartões-postais da cidade e do país


Salvador foi fundada em 29 de março de 1549. Foi a capital brasileira durante 214 anos, de 1549 a 1763. A posição estratégica da “Baía de Todos os Santos” criou desde 1500 ligações entre Portugal, Brasil, África e Ásia. As condições naturais, que propiciavam aos navegadores portugueses a parada segura de suas embarcações, foi determinante na sua escola como local para primeira capital do Brasil. Emtursa.com.br

29 de março é o dia de aniversário da cidade de Salvador, fundada sobre uma colina em 1549 por Tomé de Souza, primeiro governador-geral do Brasil. A cidade dominava uma imensa baía, seguindo uma velha tradição portuguesa.



Primeira capital do Brasil – posto que assumiu até 1763 -, Salvador foi construída nos moldes das cidades portuguesas, e até as pedras de seus edifícios eram trazidas da metrópole. Erguida no alto de uma escarpa, entre a Baía de Todos os Santos e os morros, Salvador foi a primeira cidade planejada do Brasil. Os colonizadores tomaram o cuidado de construí-la nos moldes das cidades de sua terra natal e mantiveram nela a aparência medieval de Lisboa, com ruas estreitas, curvas e disposta perpendicularmente umas às outras.

Além de capital, a cidade logo incorporou duas outras funções: a de porto de apoio às rotas do Oriente e a de grande centro de exportação de açúcar. Estas duas atividades iriam contribuir para a formação de uma população mestiça de portugueses e escravos africanos, importados em grande escala para o cultivo de cana. A esses se somaram outros contingentes étnicos, a partir do final do século XIX, dando origem a cultura popular muito rica, na qual se misturam traços ocidentais, africanos e, em menor escala, orientais.

D. João III, rei de Portugal, não escolheu o Recôncavo baiano para ser a sede do Governo-Geral da colônia por acaso. Mesmo antes da chegada de Tomé de Souza À Baía de todos os Santos, a região já abrigava uma próspera vila, conhecida como Vila do Pereira ou Vila velha. Ali, na capitania que pertencia ao donatário Francisco Pereira Coutinho, já existia uma pequena e organizada produção de açúcar. A extração do pau-brasil era a maior de todo território e o porto do recôncavo, além de mais próximo da Europa, era o principal responsável pelo escoamento de matérias-primas. O sistema político do Governo-Geral, que entrou em vigor em Janeiro de 1549 em substituição às capitanias hereditárias, tinha como missão primordial colonizar ordeiramente o Brasil e garantir o domínio luso sobre o território ultramarino.

Pelourinho

Declarado Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco em 1986, o bairro do Pelourinho é o conjunto mais valioso da arquitetura colonial brasileira. Com cerca de 3000 imóveis – um terço deles foi restaurado nos últimos quatros anos – o bairro que leva o nome do obsoleto tronco de pedra usado para açoitar negros, índios e foras-da-lei em geral, representa mais do que um estilo de construção. Ele é o símbolo da autoridade da Coroa portuguesa, que acreditava que a justiça era o principal atributo do governo. Ali, no centro histórico de Salvador, entre o Palácio do Governo, a Casa da Câmara, a Ouvidoria e o Colégio dos Jesuítas, as leis eram elaboradas e executadas; os súditos, vigiados (pelos magistrados e padres do império) e, por fim, a desobediência era punida.



Apesar de ser conhecido por esse nome só a partir de 1807, quando o pelourinho da cidade foi instalado ali, o Largo do Pelourinho foi construído por volta de 1780 e a maioria dos edifícios oficiais datam do período da fundação da cidade. Até o final do século XIX, o Pelourinho ostentou não só a autoridade do governo, mas também a nobreza da alta classe baiana: senhores de engenho, magistrados, médicos, professores. Com a decadência da produção do açúcar e com a chegada do comércio à cidade alta, o bairro mudou de perfil: as residências, abandonadas pelos seus antigos moradores, foram ocupadas por cortiços e por lojas comerciais. Abandonado, o Pelourinho chegou a perder 30 prédios por dia, que literalmente vinham abaixo. Hoje, restaurado, é o centro cultural e artístico da cidade.

E ainda...

Em Salvador há ainda museus, como os de Arte Sacra e o de Arte Moderna; a Antiga Faculdade de Medicina, primeira escola do gênero no Brasil; o Elevador Lacerda que, com quatro cabines, interliga, desde 1930, o declive de 72 metros entre a praça Tomé de Souza, na Cidade Alta, e a praça Cairu, na Cidade Baixa; e o Mercado Modelo, com mais de 300 barracas onde se compra artesanato e arte baiana, ao lado de restaurantes e bares com comidas e bebidas típicas. A capital baiana também desenvolveu um dos mais bem sucedidos empreendimentos de assistência e educação a meninos de rua, o Projeto Axé.



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Fontes: Novaescola.abril.com.br
            Mre.gov.br