Pelourinho é um dos
cartões-postais da cidade e do país
Salvador
foi fundada em 29 de março de 1549. Foi a capital brasileira durante 214 anos,
de 1549 a
1763. A
posição estratégica da “Baía de Todos os Santos” criou desde 1500 ligações
entre Portugal, Brasil, África e Ásia. As condições naturais, que propiciavam
aos navegadores portugueses a parada segura de suas embarcações, foi
determinante na sua escola como local para primeira capital do Brasil.
Emtursa.com.br
29
de março é o dia de aniversário da cidade de Salvador, fundada sobre uma colina
em 1549 por Tomé de Souza, primeiro governador-geral do Brasil. A cidade
dominava uma imensa baía, seguindo uma velha tradição portuguesa.
Primeira
capital do Brasil – posto que assumiu até 1763 -, Salvador foi construída nos
moldes das cidades portuguesas, e até as pedras de seus edifícios eram trazidas
da metrópole. Erguida no alto de uma escarpa, entre a Baía de Todos os Santos e
os morros, Salvador foi a primeira cidade planejada do Brasil. Os colonizadores
tomaram o cuidado de construí-la nos moldes das cidades de sua terra natal e
mantiveram nela a aparência medieval de Lisboa, com ruas estreitas, curvas e
disposta perpendicularmente umas às outras.
Além
de capital, a cidade logo incorporou duas outras funções: a de porto de apoio
às rotas do Oriente e a de grande centro de exportação de açúcar. Estas duas
atividades iriam contribuir para a formação de uma população mestiça de
portugueses e escravos africanos, importados em grande escala para o cultivo de
cana. A esses se somaram outros contingentes étnicos, a partir do final do
século XIX, dando origem a cultura popular muito rica, na qual se misturam
traços ocidentais, africanos e, em menor escala, orientais.
D.
João III, rei de Portugal, não escolheu o Recôncavo baiano para ser a sede do Governo-Geral da colônia por acaso. Mesmo antes da
chegada de Tomé de Souza À Baía de todos os Santos, a região já abrigava uma
próspera vila, conhecida como Vila do Pereira ou Vila velha. Ali, na capitania
que pertencia ao donatário Francisco Pereira Coutinho, já existia uma pequena e
organizada produção de açúcar. A extração do pau-brasil era a maior de todo
território e o porto do recôncavo, além de mais próximo da Europa, era o principal
responsável pelo escoamento de matérias-primas. O sistema político do
Governo-Geral, que entrou em vigor em Janeiro de 1549 em substituição às
capitanias hereditárias, tinha como missão primordial colonizar ordeiramente o
Brasil e garantir o domínio luso sobre o território ultramarino.
Pelourinho
Declarado
Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco em 1986, o bairro do Pelourinho
é o conjunto mais valioso da arquitetura colonial brasileira. Com cerca de 3000
imóveis – um terço deles foi restaurado nos últimos quatros anos – o bairro que
leva o nome do obsoleto tronco de pedra usado para açoitar negros, índios e
foras-da-lei em geral, representa mais do que um estilo de construção. Ele é o
símbolo da autoridade da Coroa portuguesa, que acreditava que a justiça era o
principal atributo do governo. Ali, no centro histórico de Salvador, entre o
Palácio do Governo, a Casa da Câmara, a Ouvidoria e o Colégio dos Jesuítas, as
leis eram elaboradas e executadas; os súditos, vigiados (pelos magistrados e
padres do império) e, por fim, a desobediência era punida.
Apesar
de ser conhecido por esse nome só a partir de 1807, quando o pelourinho da
cidade foi instalado ali, o Largo do Pelourinho foi construído por volta de
1780 e a maioria dos edifícios oficiais datam do período da fundação da cidade.
Até o final do século XIX, o Pelourinho ostentou não só a autoridade do
governo, mas também a nobreza da alta classe baiana: senhores de engenho,
magistrados, médicos, professores. Com a decadência da produção do açúcar e com
a chegada do comércio à cidade alta, o bairro mudou de perfil: as residências,
abandonadas pelos seus antigos moradores, foram ocupadas por cortiços e por
lojas comerciais. Abandonado, o Pelourinho chegou a perder 30 prédios por dia,
que literalmente vinham abaixo. Hoje, restaurado, é o centro cultural e
artístico da cidade.
E ainda...
Em
Salvador há ainda museus, como os de Arte Sacra e o de Arte Moderna; a Antiga
Faculdade de Medicina, primeira escola do gênero no Brasil; o Elevador Lacerda
que, com quatro cabines, interliga, desde 1930, o declive de 72 metros entre a praça
Tomé de Souza, na Cidade Alta, e a praça Cairu, na Cidade Baixa; e o Mercado
Modelo, com mais de 300 barracas onde se compra artesanato e arte baiana, ao
lado de restaurantes e bares com comidas e bebidas típicas. A capital baiana
também desenvolveu um dos mais bem sucedidos empreendimentos de assistência e
educação a meninos de rua, o Projeto Axé.
__________________________________________
Fontes:
Novaescola.abril.com.br
Mre.gov.br
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire